terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES

O Blog, em especial o Portfólio de aprendizagens no Curso de Licenciatura em pedagogia da UFRGS, foi uma ferramenta de trabalho que se consolidou, em especial na Interdisciplina do seminário integrador. Ela englobou no seu seio um amplo conjunto de abordagens e práticas educativas.
Constituiu deste modo, um espaço que visou criar e, manter atualizada uma enciclopédia de aprendizagens que ocorreram nas diversas e diferentes interdisciplinas. Registramos o que considerávamos ser mais importante em cada uma delas, com o intuito de não permitir que esses conhecimentos caíssem no esquecimento, bem como, para registrar aspectos que consideramos relevantes, nos artigos e estudos que efetivamos; e outros espaços de comunicação (sugestões de fatos, exposição das superações, angústias, medos, partilhas de conquistas) na emergente cultura da partilha em que vivemos hoje em dia.
No campo educacional, como bem anuncia Gomes (2006), o Blogger através da elaboração de portefólios na Web, tem sido explorada essencialmente, como um instrumento de desenvolvimento pessoal e profissional de professores e como instrumento/estratégia de aprendizagens e/ou avaliação de alunos (Gomes, 2006).
O presente Portfólio de Aprendizagens, deu a conhecer as temáticas abordadas ao longo das unidades curriculares do curso, deixando transparecer todo um trabalho que possibilitaram a exploração dos assuntos aqui retratados. A reflexão nele, foi sem dúvida, a tônica constante. Julgo que o Portfólio de Aprendizagens, é um instrumento de trabalho extremamente flexível que nos permite, a par dos aspectos já referenciados, a reformulação constante das informações aqui inseridas. Esta é, quanto a mim, uma das grandes potencialidades que ele nos oferece porque fomenta o espírito crítico e suscita a interactividade.
Nesse sentido, pode-se entender que o Portfólio de aprendizagens é um instrumento de estimulação do pensamento reflexivo, facilitando oportunidades para documentar, registrar e estruturar os procedimentos e a própria aprendizagem. Com isso, ele possibilitou o meu sucesso como estudante que, em tempo, pude transformar, mudar, (re) equacionar minhas aprendizagens, em vez de simplesmente saber sobre ela, ao mesmo tempo em que permitiu com que eu expusesse revisões da minha prática e minhas condutas pedagógicas em vez de somente fazer algum juízo, avaliar ou classificar o processo de ensino-aprendizagem e as teorias e abordagens destacas em cada Interdisciplina do Curso.
Segundo o editor da obra “Manual de Portfólio” de Shores e Grace (2001) todos se beneficiam ao desenvolver bons portfólios, pois esse tipo de avaliação aumenta a cooperação e o entendimento entre professores e alunos. Nesse sentido, Shores e Grace (2001) destacam que os alunos ou profissionais que desenvolvem o hábito de refletir sobre suas experiências aprendem a definir objetivos de aprendizagem por si mesmas.
Nesse contexto, hoje vejo o Portfólio de Aprendizagens e o Blogger como sendo uma oportunidade e uma chance de se estabelecer as finalidades de aprendizagem por parte de cada estudante; e a oportunidade de integrar evidências e experiências de aprendizagem.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RESPONDENDO A ÚLTIMA POSTAGEM (SEMANA DO DIA 22/11)

Conforme a minha última postagem, onde anunciei que preparei uma aula no meu estágio Curricular, em que os alunos tiveram que se dividir em 5 grupos e realizar uma pesquisa sobre a cultura afro-brasileira, fui indagado pela professora Rosângela, com a seguinte abordagem: “...Nessa pesquisa desenvolvida com os alunos não incentivasses a busca de materiais em livros?” (ROSÂNGELA); Desta maneira, considerei viável destacar que os alunos além de terem tido a oportunidade de pesquisarem sobre o tema e o assunto na internet, também foram levados para a biblioteca da escola e desenvolveram esse trabalho em outras aulas, registrando essas informações no caderno.
Deste modo, já respondendo a uma outra pergunta proferida pela tutora do seminário integrador, a partir do seguinte questionamento: “ ... Como fizeste para separar o "joio" do "trigo" nesse projeto desenvolvido com os alunos?” (ROSÂNGELA), julguei importante destacar que separei na escola diversas reportagens sobre os "negros", postadas em revistas como: Mundo Jovem, Nova escola, Época, livros de história. Nos livros de história utilizei muito a indagação, o questionamento... será que é bem ássim como está escrito neste livro? Será que não houveram outras situações de confronto, preconceito ... nesta história?, será que os "negros" são o que acreditavam que eles fossem? o que é o negro" afinal? Porque ele é importante como todos nós? Ele é diferente de nós em quê? Há tantantas diferenças entre nós e eles? e assim por diante....
Nas revistas anteriores realizei leitura em conjunto com o grupo e ia conversando e fazendo perguntas a eles, também, como forma de virem compreender o que estava escrito ( os "negros não possuem riquezas culturais em sua diversidade? Quais são elas? Estes costumes influenciaram a sociedade? Encontramos aspectos da cultura afro em nossa sociedade? Quais? e assim por diante...). Porém, no laboratório de informática já levei sugestão de alguns sites, tais como: site da editora escala intitulado raça brasil, voltado para área da educação, site negro e educação do ANPED (ação educativa), site mundo em educação – links na área de história, site educar para crescer da revista abril e assim por diante... Todos com editoriais reconhecidos no Brasil e amparados por editoras de gabarito e reconhecidos pelo MEC e por muitos profissionais, principalmente da área de história.
Num outro momento, indo ao encontro de uma outra pergunta articulada pela Rosângela, quando esta enfatizou:”... os alunos produziram algum tipo de texto, uma síntese do que aprenderam?” (ROSÂNGELA), senti necessidade de argumentar que reunimos as informações de todos os grupos e construímos um grande texto em conjunto falando da vida dos negros no decorrer da história e da sua miscigenação (lutas, conquistas, desafios, metas e etc). Os alunos em seguida, copiaram este texto em seu caderno de aula e discutiram sobre o mesmo, se comprometendo a relê-lo, também em casa, e através da leitura, buscar mais informações sobre a “cultura” afro e sua influência nos costumes atuais e trazer escrito numa folha pautada (que entreguei para cada aluno) para a cada dia, no início ou no final da aula, ser apresentado a turma para ser refletido e analisado...
OBS: OUTROS COMENTÁRIOS, SONDAGENS E QUESTIONAMENTOS REALIZADOS FORAM EFETUADOS E POR MIM RESPONDIDOS, NOS LINKS DOS PRÓPRIOS COMENTÁRIOS.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

POSTAGEM REFERENTE A SEMANA DO DIA 22/11

Durante o oitavo semestre no Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRGS, quando assumi uma turma de quarto ano em meu estágio curricular, ouvi com freqüência na sala dos professores o discurso “eu não levo os alunos na sala de informática porque eu não sei lidar com o computador”. Apesar de inicialmente, em meu estágio, não ter tido uma total autonomia, senti necessidade de me reportar aos conhecimentos prévios, que obtive fora e dentro do âmbito da faculdade, para que pudesse propor da melhor forma um trabalho para ser desenvolvido no laboratório de Informática da escola.
Sendo assim, procurei mostrar para a profesora titular da turma que as possibilidades para o trabalho com informática nas escolas são infinitas: produções textuais e leituras acessíveis em qualquer computador, produções de histórias em quadrinhos através de softwares de fácil manipulação, aplicação de aprendizagens através de jogos pedagógicos virtuais, produção de gráficos, figuras, vídeos, trocas de informação em tempo real, entre outros recursos.
Desta maneira, neste estágio curricular planejei algumas atividades com o intuito de demonstrar para a professora titular que o computador dentro da escola pode se mostrar como um mecanismo de acesso para novas experiências, tanto para alunos, quanto para professores, podendo abrir um mundo de novas possibilidades de trabalho, onde é permitido transitar entre diversas linguagens e culturas.
Com a oportunidade e o aval da professora, sem precisarem folhear cadernos os alunos buscaram conhecer um pouco do país que ia sediar a copa do mundo. Sendo assim, devido o início da copa do mundo da África do Sul, decidi abordar o assunto mais abertamente e diretamente, utilizando-me da internet e do computador. Nas aulas falamos sobre a abertura da copa do Mundo e o início dos jogos no dia de hoje. A conversa foi livre e aberta, os alunos falaram sobre suas expectativas e ansiedades. Desta maneira, aproveitando o assunto iniciamos uma conversa sobre a áfrica do sul e os descendentes (negros). Contudo, surgiu o seguinte projeto:
Título: DESCOBRINDO NOVAS CULTURAS E ETNIAS
Tema: afro-brasileira
Objetivo Geral:
* Conhecer elementos da cultura africana, descobrindo sua religião, cultura, formação étnico-racial, formação histórica no Brasil, etc.
Objetivos Específicos:
* Identificar o nível de conhecimento das crianças sobre o universo africano, descobrindo seus conhecimentos prévios a respeito da formação étnico-racial;
* Descobrir o espaço ocupado pelo negro, seus hábitos, costumes, cultura, sua formação histórica no Brasil e formação étnico-racial;
* Perceber a herança étnico-racial e as culturas vinda desde o Brasil colônia;
Roda de conversa:
Quem é o negro? (trabalhar o conceito de cidadania, se ele é "gente"). A partir das respostas introduzir outras questões que possam levantar: como vivem ou como viveram na sociedade? Sofrem ou sofreram algum preconceito?etc.
Após essa atividade propus aos alunos que se dividissem em 5 grupos e solicitei que fizessem uma pesquisa sobre a cultura afro-brasileira, abordando sobre a existência ou não de nações negras aqui na nossa região e sua formação étnico-racial, ressaltando se essas misturas deram origem a novas etnias.
Solicitei que descobrissem todas as informações que conseguissem, na internet e no laboratório de informática da escola, sobre os diferentes aspectos, religião, como sobrevivem e sobreviveram ao longo da história, se sofrem algum preconceito, sua formação histórica no Brasil, as etnias que surgiram da mistura do africano com o branco, enfim a cultura destes povos.
Os alunos registraram essas informações no caderno. Utilizei muito a indagação, o questionamento... será que é bem ássim como está escrito? Será que não houveram outras situações de confronto, preconceito ... nesta história?, será que os "negros" são o que acreditavam que eles fossem? o que é o negro" afinal? Porque ele é importante como todos nós? Ele é diferente de nós em quê? Há tantas diferenças entre nós e eles? e assim por diante.... Toda a pesquisa foi norteada por diálogo, questionamentos, perguntas, troca de idéias e opiniões... E a partir destes "norteamentos" os alunos, com suas palavras e beaseado-se nos escritos, transcreviam para seus cadernos, sempre com o meu tutoramento e acompanhamento. Foi um trabalho cansativo, árduo, mas que forneceu um resultado muito positivo; pois numa atividade simples, e com o apoio dos computadores e da internet, conseguiram perceber o quanto temos da cultura afro em nosso dia a dia e o quanto contribuíram para a construção de nossa identidade social.
Como não poderia deixar de ser, diagnostiquei neste meu estágio curricular, a partir deste projeto criado para ser realizado no laboratório de informática, que eu, ao buscar integrar em meus planos de aula as tecnologias, acabei concebendo, consciente ou inconscientemente, o princípio de que nas salas de aula, também existem diversificados grupos de alunos, mesmo podendo haver relações entre eles, cada um se deixa influenciar mais por este ou aquele aspecto do seu grupo.
Partindo da experiência do meu estágio curricular no oitavo semestre, visualizei que em meu Tcc, deveria ir em busca de autores que me ajudassem a sustentar a idéia de que a educação é um processo comunicacional democrático – que se dá pela participação dos sujeitos escolares na prática pedagógica, a partir de discussões que levem em consideração a dimensão sociocultural.
Sendo assim, para a minha pesquisa, julguei importante encontrar estudos que buscassem explicar a idéia de que a educação não deve ignorar as manifestações cotidianas do ser humano (como o alastramento da internet e das tecnologias de comunicação), como foma de vir, também, dar mais embasamento teórico para a parte do tema que diz A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL, e para o problema que se detêm no delineamento das influências dos aspectos culturais (podendo ser a internet) no processo de construção do conhecimento do educando
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

POSTAGEM REFERENTE A SEMANA DO DIA 15/11

Ao vivenciar o segundo módulo de atividades proposta pela Interdisciplina de Linguagem e Educação (sétimo semestre), me deparei com um texto escrito por Kleiman (2000) intitulado MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA. Através deste texto pude adentrar em aspectos relacionados a linguagem falada e a linguagem escrita que pode acontecer na forma mais formal, culta, bem como, na mais coloquial, sempre levando em consideração que o saber ler, o falar e o escrever são competências específicas de cada época (Chartier 1998).
Portanto, deste primeiro texto avancei na concepção de que as diferenças que ocorrem em relação à fala ou à escrita são a partir da multiplicidade de discursos, das maneiras diferentes que encontramos no cotidiano das pessoas em falar e escrever, pois tudo depende da situação em que ocorre.
Sendo assim, aprendi que no plano de aula se faz necessário proporcionar condições para que o aluno consiga na leitura, na escrita, na oralidade fazer relação com fatores do seu contexto, meio cultural, social, num cuidado para que o interlocutor seja determinante no modo de ler / escrever de cada um, muito embora para escrever, principalmente neste período de pré-adolescência, o registro seja diferente do que é falado em respeito às normas gramaticais. Sendo assim, estas diferenças precisam ser trabalhadas e trazidas para o consciente dos mesmos, de forma que possam perceber estes deslocamentos em relação ao falar e o escrever.
Assim, o professor ao desejar incluir no planejamento o ensino da escrita, de Kleiman (2000) posso levar em consideraração a idéia de que é necessário se considerar o conhecimento prévio dos alunos para que a leitura, a escrita e a oralidade possa ser trabalhada e exercida de forma contextualizada. Cabe ao professor familiarizar os alunos com a língua escrita, criar uma relação positiva com a mesma; utilizando textos realmente feitos para serem lidos, trabalhando tipos de textos diferentes e de forma diferenciada como a leitura silenciosa e leitura em voz alta, tendo em mente o objetivo de cada uma.
Apoiado nesta Interdisciplina, diagnostiquei que se em meu Tcc desejo falar sobre A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL, necessito considerar que no processo de construção do conhecimento, pressupõe-se que o aluno na medida que vai aprendendo a dominar os signos lingüísticos, ao mesmo tempo realiza em seu cotidiano uma 'leitura do mundo'. Assim, seguindo os estudos de Kleiman (2000), uma criança deve aprender os conteúdos escolares mediada pelas significações que os diversos tipos de discursos aprendidos socialmente e em seu entorno social têm para ela, ampliando seu campo de leitura.
Portanto, em minha pesquisa se faz possível que eu ressalte a compreensão de que a criança, através de seu modo de falar, demonstra como interpreta e constrói a realidade social na relação com os outros, que é a base para a construção significativa de suas aprendizagens na sala de aula. Assim, nos conteúdos curriculares é preciso reconhecer a criança como sujeito, a qual não pode permanecer sem voz.
Deste modo, o debate sobre o processo de CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL, em meu tcc, poderá encontrar nos estudos de Kleiman (2000) apoio necessário, na medida em que ela poderá vir mostrar através de suas considerações sobre a linguagem falada e a linguagem escrita o quanto já é destacado a importância de se considerar na escola o contexto social e cultural do aluno no processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, através deste estudo já ficou definido para o meu Tcc que é das características diferenciadas de identidade culturais de cada educando, que o ambiente escolar se constituí.
Sendo assim, partindo desta simples percepção, faz-se possível que eu compreenda que minha idéia inicial, de pesquisar sobre a diversidade de alunos na sala de aula, têm fundamento, pois já é destacada por mais um grande mestre na área da educação.
REFERÊNCIA:

KLEIMAN, A. B. (ed.). (2000). Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In A. B. Kleiman (ed.), pp. 15-61. Campinas: Mercado de Letras.

CHARTIER, Roger. Os desafios da escrita. Trad. Fúlvia M. L. Moretto. São Paulo: Unesp, 1998.

domingo, 14 de novembro de 2010

POSTAGEM REFERENTE A SEMANA DO 08/11

Para a reflexão entorno das aprendizagens obtidas no sexto semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRGS, julguei conveniente trazer á tona um filme que a Interdisciplina do Seminário Integrador no Eixo VI, intitulado “Entre os muros da escola”, nos apresentou. No momento que me pus a recordar sobre ele, relembrei a cena em que o diretor e os demais professores se reúnem na sala dos professores para discutirem sobre as punições. Assim, o diretor da instituição começa a reunião dizendo:

- Há duas semanas, durante a última reunião da comissão permanente os professores sugeriram a introdução de um sistema de penalização por pontos para os alunos baseado no sistema da carta de condução. Se um aluno infringir uma regra, perderá pontos. Como a idéia é dos professores, passo-lhes a palavra. (Diretor da Escola)

Desta maneira, os professores começaram a dar a sua opinião sobre o mesmo. Entretanto, diante de tantos argumentos uma representante da comissão dos pais anuncia:

- Como representante da Comissão de pais, acho que punir é típico da linha de orientação da escola. Estão sempre prontos a penalizar, mas nunca a valorizar os alunos. (Representante do CPM)

Após alguns outros comentários, um outro professor (ator principal do filme), em discordância aos novos comentários diz:

- Aquilo que é chamado de sentimento de impunidade nos dá um espaço de manobra. Quando temos que lidar com castigos demasiado rígidos, não podemos aplicá-los da mesma forma a todos os casos (Professor A).

Logo, ao perceber que alguns professores discordaram de seu ponto de vista, faz uma contestação, dizendo:

- Mas é por haver regras tão estritas que se cria uma enorme tensão. O controle dos celulares, por exemplo. Todos concordam com a regra que os celulares eram proibidos na sala de aula. Desculpem, mas eu quebrei a regra porque não era um problema para mim. Tem de haver um espaço de manobra, uma zona de tolerância (Professor A).

Depois destas discussões, devido aos inúmeros temas que estavam em pauta, o diretor da escola direcionou a conversa para outras situações.
Acredito que quando a mãe de um dos alunos que integrava a mesa declarou a sua opinião “(...) acho que punir é típico da linha de orientação da escola. Estão sempre prontos a penalizar, mas nunca a valorizar os alunos”, indiretamente fez com que eu relembrasse que em nossas escolas, muitas vezes também podemos estar, consciente ou inconscientemente, discriminando nossos alunos na medida que não procuramos contemplar ou trazer á tona a diversidade da turma, podendo ser nos seus aspectos culturais, bem como, nas heterogêneas maneiras de aprenderem e de se colocarem à disposição do conhecimento.
Desta maneira, os conceitos que poderei enfatizar com a cena do filme ao arrolar com as exposições defendidas em meu trabalho de conclusão de Curso por meio deste material didático, são: Identidades; Diversidade; Etnia.
Quando escutei, no filme o ator principal falar em “estado de manobra” baseado nos objetivos especificados em meu Tcc que são: Perceber a influência do entorno social e de aspectos culturais no processo de ensino-aprendizagem dos alunos e; Destacar ações pedagógicas que venham qualificar o processo de construção do conhecimento, diante da diversidade e heterogeneidade de alunos na sala de aula; recorri automaticamente ao fato de que o sucesso da educação decorre da adequação do processo escolar á diversidade dos alunos, e isto, por si só já exige que a instituição entre num “Estado de manobra”; Primeiro, porque quando a escola assume que as dificuldades experimentadas por alguns alunos são resultantes, entre outros, do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem precisa, consequentemente, sofrer um estado de manobra, ou seja, ser concebida e avaliada.
Por outro lado, também, quando esta situação primeira entra num processo de aprimoramento, acaba sofrendo um “estado de manobra”. Assim, esta ao tentar adequar o processo escolar à diversidade dos alunos, ao mesmo tempo, nos dá margens para entendermos que está procurando valorizar o aluno, conforme demonstrou estar preocupada a mãe de um dos alunos que integrava a mesa ao declarar: “(...) acho que punir é típico da linha de orientação da escola. Estão sempre prontos a penalizar, mas nunca a valorizar os alunos”.
Entretanto, debruçado na cena do filme em que a preocupação do professor e da mãe representando os pais dos alunos se intensifica, percebi que meu TCC, ao buscar falar sobre: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL... deveria contemplar e levar em consideração o seguinte aspecto: mudança de atitude face ao Outro. O outro é alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa, e é dessa Alteridade, como procurava dizer estes personagens do filme e anunciou ser imprescindível a Interdisciplina em questão, que subsistimos, e é dela que emana a Justiça e a garantia da vida compartilhada.
Neste sentido, os conceitos abordados na Interdisciplina através deste filme me fizeram entender que em meu Tcc devo deixar explícito que a escola por dever, precisa ser um espaço receptivo, que respeita às diferenças. Não obstante, precisa dar ao currículo escolar um sentido democrático à diversidade cultural presente no espaço escolar.
Contudo, ainda, percebi que como na instituição todos os professores, funcionários e a comunidade escolar careciam entrar num “estado de manobra” por terem o dever de possibilitar um processo educativo por via de acesso ao resgate da identidade dos alunos, aonde a auto-estima e autonomia destes pudessem ser colocadas à prova, em meu TCC deveria considerar que a escola é o ponto de encontro e embate das diferenças étnicas, podendo ser instrumento eficaz para diminuir e prevenir o processo de exclusão social e incorporação do preconceito pelas crianças.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

POSTAGEM REREFRENTE A SEMANA DO DIA 01/11/2010

Na Interdisciplina ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO- ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL, estruturada pelo professor RAIMULDO HELVÉCIO AGUIAR, no Eixo V do curso de LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA pude rever e estudar o sistema escolar brasileiro.
Sendo assim, através de Farenzena (2007) pude compreender que atualmente, o sistema escolar brasileiro é regido pela lei número 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
No artigo primeiro da LDB, é declarado que a educação abrange “os processos formativos” que se desenvolvem em todas as instâncias da vida social. Neste sentido a lei número 9-394/96 afirma que “a educação escolar, se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias” (inciso I) e que “a educação deverá vincular-se ao mundo de trabalho e a prática social” (inciso II).
Partindo da evidência dessas regulamentações, percebi que para a LDB passar a considerar em suas diretrizes a prática social como fator importante na área da educação, seus elaboradores tinham que ter partido de algum ponto de vista.
Neste sentido, comecei a criar indagações como: Quais conceitos, estudos, autores e pesquisadores poderiam ter conduzido os responsáveis a evidenciar na lei Diretrizes e Bases da Educação a importância da prática social na educação? e, Porque consideraram este fator importante para estruturar o sistema escolar brasileiro?
A partir desta reflexão, advinda dos estudos realizados no 5ª semestre, comecei a ir em busca de autores e estudiosos que pudessem vir me ajudar a responder tais incógnitas. Na medida que fui me debruçando em autores como Inoue, Migliori, Ambrósio (1999), fui descobrindo que a LDB poderia dar tanta importância ao fator social em seus artigos e incisos, porque poderia reconhecer em seu interior, que os alunos ao realizarem construções, individual e socialmente, acabam internalizando algumas concepções. Neste processo o aluno vai construindo o conhecimento nas escolas na medida em que interpreta as informações exteriores e integra a uma variedade de noções aprendidas na sala de aula, relacionando-os.
A partir desta primeira percepção, já pude perceber que a Interdisciplina ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO- ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL, poderia colaborar com meu tCC, na medida em que poderia me proporcionar informações legais para a sustentação da questão referente a CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA HETEROGENEIDADE E DIVERSIDADE CULTURAL DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL. Neste sentido, a LDB poderia vir me ajudar a evidenciar que embora os conteúdos seja um importante objetivo da educação formal, a prática do professor nestes instantes, não deve ficar restrita à ele.
Portanto, orientado pela Lei Diretrizes e Bases da Educação, poderei encontrar indícios importantes para mostrar que o professor necessita considerar a questão social para conseguir lidar com a diversidade, com a multiplicidade de perspectivas e tendências contidas na sociedade e conseqüentemente na sala de aula.
Deste modo, o debate sobre o processo de CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL, em meu tcc, poderá encontrar na LDB apoio necessário, na medida em que ela poderá vir mostrar através de seus artigos e incisos e quanto já é destacado e divulgado a importância de se considerar na escola a pluralidade cultural, para se conseguir entender em como estas questões influenciam no processo de construção do conhecimento dos educandos.

REFERÊNCIA:
Brasil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, 26 de dez. de 1996. Brasília, 1996.
FARENZENA, Nalú. Responsabilidades das esferas de governo para com a educação. Porto Alegre, 2007 (mimeo).

POSTAGEM REREFRENTE A SEMANA DO DIA 29/10/2010

Para abordar em meu TCC o tema: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL: DESAFIOS PARA PROFESSORES DE UMA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CRICIÚMA-SC me respaldei em autores como Vigotski.
Este autor pôde ser estudado na Interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia I – E, no Eixo II do curso de Licenciatura em Pedagogia na modalidade a distância da UFRGS. Através dos encaminhamentos obtidos em um fórum (ferramenta tecnológica do Ambiente Virtual do curso) aberto para uma das atividades da interdisciplina em questão pude construir o raciocínio de que Vygotiski (1988) concebe a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente.
Sendo assim, nos fórum disponibilizado pela Interdisciplina no ROODA, pude entender através das postagens das colegas que Vygotiski (1988) privilegia o ambiente social, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhecendo que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também varia. Neste sentido, para este autor, não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano.
A partir dessa definição de Vygotski (1988), advinda dos fóruns, pude apreender que o entorno social, ajuda a sistematizar a experiência das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento.
Neste sentido, Vygotski (1988) poderá me ajudar a mostrar que a educação precisa, ser também, uma agência preparadora e viabilizadora de comunicação entre grupos múltiplos, de maneira que o conhecimento seja superado pelo individualismo e contemplado pelas várias realidades culturais contidas no dia-a-dia dos alunos.
Desta maneira, através de Vygotski (1988) poderei conseguir mostrar, fomentar e abordar mais um assunto dentro de uma parte do tema do meu TCC que diz: “A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIANTE DA DIVERSIDADE CULTURAL...”, ao poder evidenciar através dele que o conhecimento construído nas escolas são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto.

REFERÊNCIA:
VIGOTSKI, Lev S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone - USP, 1988.